Seguidores

sábado, 14 de março de 2009

Delírio

Nua, mas para o amor não cabe o pejo.

Na minha a sua boca eu comprimia

E, em frêmitos carnais, ela dizia:

- Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!



Na inconsciência bruta do meu desejo

fremente, a minha boca obedecia.

E os seus seios, tão rígidos, mordia,

fazendo-a arrepiar em doce arpejo.


Em suspiros de gozos infinitos

disse-me ela, ainda quase em grito:

- Mais abaixo, meu bem! Num frenesi

No seu ventre pousei a minha boca.

- Mais abaixo, meu bem! Disse ela, louca,

Moralistas, perdoai! Obedeci...

Olavo Bilac

Um comentário: